Waldir versus animais
O Waldir é, antes de mais nada, polêmico. Têm um bom cargo numa grande empresa, dois filhos e três netos e um casamento de 40 anos. É extremamente informado sobre vários assuntos, lê diversos livros e é um dos maiores conhecedores da história da várzea da Barra Funda, além de ser um cozinheiro de mão cheia. Vocês dirão: “Nossa, é um exemplo esse Waldir!”... Tsc, tsc... Nem tanto, nem tanto...
Imaginem as outras qualidades do Barni (seu sobrenome) pelos apelidos que o alcunharam: Louco e Diabo. Isso mesmo, Diabo! Não é preciso dizer mais nada...
Com certeza o maior briguento da região, após a aparente aposentadoria de Agostino Tomaselli no quesito e o sumiço de Ricardinho, o Cyborg, Valdir ocupa hoje no bairro, sozinho, a primeira posição. Bem distante de mim, um pacato.
Pra se ter uma idéia, ele nunca saiu de campo sem arrumar uma confusão. É a maior característica dele como jogador. As porradas nos pobres adversários e em quem tenta inocentemente segurá-lo.
Como não sou chegado nessas “batalhas campais”, vou contar-lhes sobre a guerra declarada do Diabo aos animais, de todas as espécies. O Waldir odeia animais, a exceção é Baggio, seu cachorro Boxer. Atentem, até o cachorro é de uma raça que tem nome de praticantes de um esporte de porrada – o boxe – que é, e isso já não seria mais surpresa a essa altura do texto, o esporte preferido do brigão (pra se ter uma idéia, ele freqüenta as lutas de boxe de amadores no Baby Barione).
Voltando ao assunto: o ódio, a maldade para com os doces bichinhos. O que mais impressiona, vejam como é sábia a natureza, é que a recíproca dos animais é na mesma proporção em relação a ele. Vou narrar um dos incontáveis episódios dessa odisséia.
Um português simpático freqüentou o Anhanguera durante muitos anos, sempre acompanhado de seu papagaio de estimação, o Figo, que era tranqüilo, contanto que não o importunassem. Algo impossível em se tratando do Louco.
Era só os dois chegarem perto um do outro que começavam trocas de farpas, Waldir puxava as penas do Figo, que retrucava com potentes bicadas, a ponto de sangrar várias vezes a mão do maldoso. Mas em uma ocasião, o papagaio arrancou um bife do dedo mindinho do Diabo. Pronto... Figo seria submetido à primeira prova diabólica...
O português se distraiu, e numa fração de segundo, o Diabo dominou o bichinho e o levou para o campo. O que ele faria?
Pôs o Figo sobre a trave, justamente no gol em que o esquadrão do 1º quadro do Anhanguera estava pressionando o adversário. Era bola na trave, bola raspando a trave, salto do goleiro, chute no gol, chute pra fora, e o Figo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, fugindo dos tiros que persistiam naquele gol, às vezes até ameaçava voar, mas não sabia o coitadinho... Isso durou cerca de 10 minutos, até o desesperado portuga salvar o Figo do perigo.
Após uma semana, no falecido bar do Vichiski, estava lá o Waldir, que batia ponto no tal buteco, assim como vários associados do clube. Papo vai, papo vem e quem chega? O Manoel com o Figo no ombro. Pronto, nova troca de farpas. E dessa vez o bife que saiu no bico do Figo veio do dedão...
A segunda prova diabólica que Figo provaria seria muito pior que a primeira, a da trave.
O Louco, ainda com o dedão sangrando pegou o bicho (notem a frieza) do ombro do português e, rapidamente, o jogou – pasmem – na chapa, ao lado de um misto quente que estava sendo preparado. O Figo, apavorado e dando voltinhas, apoiava sobre a chapa um pé e tirava o outro com extrema rapidez, e assim sucessivamente por umas cinco vezes, como naqueles filmes de bang-bang em que um atira no chão e o outro fica pulando pra não tomar um tiro no pé. Parecia dançar polca, o Figo.
Não agüentando mais e não sabendo voar, deu um salto digno de homem-bala em direção ao chão e conseguiu escapar dessa. Foi a primeira vez na história que se viu um papagaio assoprando os pés!
O IBAMA oferece uma bela recompensa pela cabeça do Waldir...
Imaginem as outras qualidades do Barni (seu sobrenome) pelos apelidos que o alcunharam: Louco e Diabo. Isso mesmo, Diabo! Não é preciso dizer mais nada...
Com certeza o maior briguento da região, após a aparente aposentadoria de Agostino Tomaselli no quesito e o sumiço de Ricardinho, o Cyborg, Valdir ocupa hoje no bairro, sozinho, a primeira posição. Bem distante de mim, um pacato.
Pra se ter uma idéia, ele nunca saiu de campo sem arrumar uma confusão. É a maior característica dele como jogador. As porradas nos pobres adversários e em quem tenta inocentemente segurá-lo.
Como não sou chegado nessas “batalhas campais”, vou contar-lhes sobre a guerra declarada do Diabo aos animais, de todas as espécies. O Waldir odeia animais, a exceção é Baggio, seu cachorro Boxer. Atentem, até o cachorro é de uma raça que tem nome de praticantes de um esporte de porrada – o boxe – que é, e isso já não seria mais surpresa a essa altura do texto, o esporte preferido do brigão (pra se ter uma idéia, ele freqüenta as lutas de boxe de amadores no Baby Barione).
Voltando ao assunto: o ódio, a maldade para com os doces bichinhos. O que mais impressiona, vejam como é sábia a natureza, é que a recíproca dos animais é na mesma proporção em relação a ele. Vou narrar um dos incontáveis episódios dessa odisséia.
Um português simpático freqüentou o Anhanguera durante muitos anos, sempre acompanhado de seu papagaio de estimação, o Figo, que era tranqüilo, contanto que não o importunassem. Algo impossível em se tratando do Louco.
Era só os dois chegarem perto um do outro que começavam trocas de farpas, Waldir puxava as penas do Figo, que retrucava com potentes bicadas, a ponto de sangrar várias vezes a mão do maldoso. Mas em uma ocasião, o papagaio arrancou um bife do dedo mindinho do Diabo. Pronto... Figo seria submetido à primeira prova diabólica...
O português se distraiu, e numa fração de segundo, o Diabo dominou o bichinho e o levou para o campo. O que ele faria?
Pôs o Figo sobre a trave, justamente no gol em que o esquadrão do 1º quadro do Anhanguera estava pressionando o adversário. Era bola na trave, bola raspando a trave, salto do goleiro, chute no gol, chute pra fora, e o Figo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, fugindo dos tiros que persistiam naquele gol, às vezes até ameaçava voar, mas não sabia o coitadinho... Isso durou cerca de 10 minutos, até o desesperado portuga salvar o Figo do perigo.
Após uma semana, no falecido bar do Vichiski, estava lá o Waldir, que batia ponto no tal buteco, assim como vários associados do clube. Papo vai, papo vem e quem chega? O Manoel com o Figo no ombro. Pronto, nova troca de farpas. E dessa vez o bife que saiu no bico do Figo veio do dedão...
A segunda prova diabólica que Figo provaria seria muito pior que a primeira, a da trave.
O Louco, ainda com o dedão sangrando pegou o bicho (notem a frieza) do ombro do português e, rapidamente, o jogou – pasmem – na chapa, ao lado de um misto quente que estava sendo preparado. O Figo, apavorado e dando voltinhas, apoiava sobre a chapa um pé e tirava o outro com extrema rapidez, e assim sucessivamente por umas cinco vezes, como naqueles filmes de bang-bang em que um atira no chão e o outro fica pulando pra não tomar um tiro no pé. Parecia dançar polca, o Figo.
Não agüentando mais e não sabendo voar, deu um salto digno de homem-bala em direção ao chão e conseguiu escapar dessa. Foi a primeira vez na história que se viu um papagaio assoprando os pés!
O IBAMA oferece uma bela recompensa pela cabeça do Waldir...
7 Comentários:
hahahahahahahahahahha
vo morre de tanto da risada antes de ficar sabendo das perolas das lendas do AAA !!!
hahahahahhahahahah
preciso achar um papaguaio soprando os pes kid ... hahahah
abrasss
AH ! COITADO DO FUNCIONÁRIO DO IBAMA........rrrrrrrr
Ass: Dez
Oi Artúúhh ...
Passando pra deixar bjooocas ...
Bom fds !!
Carol
Fala, Cabras!
Fica sussa que eu tô lendo todos os posts. Adorando!
Você, surpreendentemente, tem a mesma inteligência e destreza na escrita que na fala.
Me vê um X-papagaio também, amigo!
Hahahahahaha! Sou fã do Waldir. Morte aos animais!
Beijo
Glauton: vá ao Anhanguera e você presenciará cenas pitorescas. Vá!
Dez: Tem razão.
Carol: Beijo.
Pompom: Você é mesmo um geniozinho! X-Papagaio deveria ser o título do texto! Perfeito!
Hahahahahahaha
hahahahaahahaha
ahahahaha
Fenomenal....
Grande Arthur,
parabéns pelos textos, pelos contos ... são ótimos e retrata com nobreza a grandeza do Anhaguera através de suas personagens.
E nesse texto infelizmente particularmente vi um pouco de mim.
Não sou da Barra Funda .. mas amo o Anhaguera.
valeu
Paulinho
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