Malandro é malandro!
Definir a palavra “malandro” é tarefa ingrata: exige um grau de complexidade e responsabilidade que, sinceramente, prefiro deixar pra quem é mais malandro que eu. Mas uma das inúmeras definições – segundo o Houaiss - diz que malandro é um sujeito sagaz, arguto; ou seja: o bom malandro, o safo, o habilidoso. Neste quesito – e seguindo a linha do último texto – se enquadra perfeitamente uma monstruosa figura: Zulu!
Sou da opinião que algumas características nossas são inatas. No caso em questão, essa malandragem astuta é coisa que não se aprende, apenas se lapida. Se lapida na rua, nas experiências, nas dificuldades a que somos submetidos no dia a dia. É graças a elas que temos de nos virar e inventar um jeito pra dar um jeito.
Zulu era malandro! Primeiro, porque sempre ouvi gente de tudo que é métier dizer que era mesmo. Segundo: vi, com meus próprios olhos, cenas impagáveis, inacreditáveis da agudeza de espírito do homem. As histórias são muitas e eu prometi aqui que as contaria, mas fiquei um bom tempo sem escrever sobre o homem. Volto à carga.
Uma dessas histórias foi filmada pelo Daniel num domingo de junho de 2007, no Anhangüera. Talvez este vídeo seja o único em que Zulu aparece contando um bom causo, sua maior especialidade. Reparem na perspicácia do Daniel: Zulu não percebeu que estava sendo gravado – não gostava de câmeras filmadoras. No filme só aparecem Ângelo (meu irmão), Louquinho e Zulu, mas havia pelo menos mais cinco ou seis participando da conversa, inclusive eu.
O ocorrido narrado na gravação foi o seguinte: Zulu bebia no bar do Zêpo na Rua Barra do Tibagi; estavam no bar apenas os dois. Um negrão maior-que-uma-semana aparece, cheio de razão, pra cobrar uma dívida do dono do bar. Ao que parece, Zêpo levaria uns sopapos – e Zulu também, de graça. Começa uma discussão e o Zêpo, em algum momento, pede pro Zulu confirmar alguma coisa sobre sua procedência, essas coisas. O negrão recuou na valentia: “- O senhor é o Zulu?”.
Muito possivelmente o vagabundo se referia ao Zulu do Camisa Verde e Branco, nome conhecidíssimo e muito respeitado na cidade. Nosso Zulu, então, cresceu: “- Sou eu sim! Eu sou o Zulu, porra!”. O valente, cheio de dedos: “- Não, sabe o que é, Seu Zulu...”. “- Cala a boca, rapaz. Pede desculpas pro Zêpo! Agora vá embora daqui e nunca mais apareça!”.
Nosso amigo não mentiu. Ele era o “Zulu”: não aquele Zulu que o outro imaginou que fosse, mas foi a deixa pra que salvasse a pele do amigo – e a dele, conseqüentemente. A última frase do vídeo é hilária, coisa de chefe:
Sou da opinião que algumas características nossas são inatas. No caso em questão, essa malandragem astuta é coisa que não se aprende, apenas se lapida. Se lapida na rua, nas experiências, nas dificuldades a que somos submetidos no dia a dia. É graças a elas que temos de nos virar e inventar um jeito pra dar um jeito.
Zulu era malandro! Primeiro, porque sempre ouvi gente de tudo que é métier dizer que era mesmo. Segundo: vi, com meus próprios olhos, cenas impagáveis, inacreditáveis da agudeza de espírito do homem. As histórias são muitas e eu prometi aqui que as contaria, mas fiquei um bom tempo sem escrever sobre o homem. Volto à carga.
Uma dessas histórias foi filmada pelo Daniel num domingo de junho de 2007, no Anhangüera. Talvez este vídeo seja o único em que Zulu aparece contando um bom causo, sua maior especialidade. Reparem na perspicácia do Daniel: Zulu não percebeu que estava sendo gravado – não gostava de câmeras filmadoras. No filme só aparecem Ângelo (meu irmão), Louquinho e Zulu, mas havia pelo menos mais cinco ou seis participando da conversa, inclusive eu.
O ocorrido narrado na gravação foi o seguinte: Zulu bebia no bar do Zêpo na Rua Barra do Tibagi; estavam no bar apenas os dois. Um negrão maior-que-uma-semana aparece, cheio de razão, pra cobrar uma dívida do dono do bar. Ao que parece, Zêpo levaria uns sopapos – e Zulu também, de graça. Começa uma discussão e o Zêpo, em algum momento, pede pro Zulu confirmar alguma coisa sobre sua procedência, essas coisas. O negrão recuou na valentia: “- O senhor é o Zulu?”.
Muito possivelmente o vagabundo se referia ao Zulu do Camisa Verde e Branco, nome conhecidíssimo e muito respeitado na cidade. Nosso Zulu, então, cresceu: “- Sou eu sim! Eu sou o Zulu, porra!”. O valente, cheio de dedos: “- Não, sabe o que é, Seu Zulu...”. “- Cala a boca, rapaz. Pede desculpas pro Zêpo! Agora vá embora daqui e nunca mais apareça!”.
Nosso amigo não mentiu. Ele era o “Zulu”: não aquele Zulu que o outro imaginou que fosse, mas foi a deixa pra que salvasse a pele do amigo – e a dele, conseqüentemente. A última frase do vídeo é hilária, coisa de chefe:
3 Comentários:
Grande Zulu!!! E eu lembrei dele e da tua história de telefonar ainda neste último fim de semana...
Aliás, sobre o post anterior, me senti completamente identificado. Tive até um trampo parecido, mas não durou nem um ano hahahaha.
Craudio, liguei sábado pro crioulo. Como sempre, ele não atendeu...
Fala!
Quem toca na sexta no anhanguera?
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