26 de nov. de 2010

Anhangüera dá Samba XXXIX

Antes de deixar aqui o registro da última roda de samba no Anhangüera, gostaria de dizer que este blogue ainda não parou de vez. Nestes últimos meses tenho tido pouco tempo pra atualizar este espaço. Acho - por enquanto - que o blogue ainda não deu tudo o que pode dar; há muita coisa que estou pesquisando e que ainda escreverei aqui. Histórias de gente anônima, mas importantíssima - do ponto de vista deste que escreve. Histórias de lugares e situações ímpares, sobre as quais sinto ter obrigação de escrever. É por isso que, mesmo tendo o número de visitas tendendo a zero, este espaço tratará das coisas que eu julgo valarem a pena, como o Anhangüera dá Samba, por exemplo, que caminha para 4 anos.


Mês passado tivemos a alegria e a honra de receber o compositor Moacyr Luz, um dos grandes nomes da música brasileira, um representante legítimo do samba carioca. A gente falava em trazê-lo há muito tempo, desde que começamos; e por um motivo ou outro a coisa ainda não tinha de realizado.

Moacyr quis chegar cedo à roda; antes, inclusive, de os Inimigos do Batente passarem o som. E o Moa foi o único convidado, em 38 edições, que passou o som antes de se apresentar. Muita gente - já era esperado - foi assistí-lo. Gente que nunca havia ido, que não conhecia o lugar, muita gente do samba de São Paulo (Dadinho da VG do Camisa, o pessoal do Terreiro Grande, o pessoal dos Amigos do Samba, de Mauá, das Perdizes, da Penha, da Leste à Oeste e da Sul à Norte).

Foi uma roda de samba daquelas! Pra se ter uma idéia, Paulinho Timor, sujeito não muito dado a emoções públicas, chorou igual criança, assim como muito marmanjo. O terreiro lotou, a noite estava quente, a cerveja gelada e o astral... deixa pra lá. Clique no play pra assistir a entrada do Moacyr Luz. Daí pra frente - quem não foi - tente imaginar o que se deu.



Além de a noite de sexta ter sido das mais bonitas do ano, passamos um sábado do jeito que a gente gosta, num grande botequim na minha área: peixes mil, cerveja, vinho, amigos do peito, causos bons de contar e de ouvir - eis aí o que vale a pena. Enfim, gostaria de agredecer publicamente a generosidade do Moa, um artista da linha de frente, um tremendo boa-praça!


Hoje - a última sexta do mês! - tem mais uma edição do Anhangüera dá Samba! Os Inimigos do Batente recebem um de seus "professores" na arte do samba, o compositor, cantor e ritimista Ney Silva!
Carioca radicado na Paulicéia há tantos anos, Ney se auto-entitula, com grande propriedade, um "operário do samba". Pois, realmente, para além do ritimista consagrado pela atuação ao lado de artistas como Joao Nogueira, Beth Carvalho e Jair Rodrigues, do compositor de sucesso gravado por intérpretes do porte de Bezerra da Silva e Martinho da Vila (no clássico Na aba, em parceria com os também percussionistas Trambique e Paulinho da Aba), notabilizou-se por sua militância incansável, por incontáveis rodas e butiquins da cidade, a ponto de se ter tornado referência inconteste e quase sinônimo de "roda de samba".
Mais do que somente uma festa, mais do que uma simples homenagem, a roda deste mês é um tributo prestado pelo Anhangüera! e pelos Inimigos do Batente, em reconhecimento e gratidão ao mestre, pelos serviços prestados à roda de samba e por tantas lições recebidas em muitos anos

Abraços e até daqui a pouco!

3 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Mesa forte!

29 de novembro de 2010 às 22:42  
Blogger Luiz Antonio Simas disse...

Visita zero é o caralho!

Beijo

30 de novembro de 2010 às 13:01  
Blogger Ju Coelho disse...

Também não entendi o visita zero! Muitos bons os textos, sempre dou uma passadinha por aqui pra ler!!! Não para não!!!

1 de dezembro de 2010 às 22:46  

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