29 de set. de 2010

Para deputados e senador

Chegou a hora do vamos ver. Daqui, humildemente, peço atenção aos textos desses dois gigantes, Fernando Szegeri e Bruno Ribeiro, meus grandes companheiros. Tudo o que eles dizem, eu assino. Vamos juntos!


* Fernando Szegeri

Como faço desde 1998, peço licença e tomo a liberdade de dirigir-me à minha lista de contatos para sugerir atenção especial para dois nomes, candidatos respectivamente a deputado estadual e a deputado federal pelo partido do qual faço parte, o Partido Comunista do Brasil – PCdoB.

De Alcides Amazonas eu poderia dizer que foi um sindicalista notável, na combatividade incessante, na coragem implacável, e na lisura irretocável. Poderia dizer do seu empenho, quase obstinação, como vereador da cidade de São Paulo, na defesa de melhores condições para o dia-a-dia da classe trabalhadora, sobretudo no que tange à questão do transporte público. Poderia dizer de sua dedicação à causa pública, e sua intransigência na ênfase na defesa dos interesses coletivos, recentemente demonstrada à frente do escritório paulista da Agência Nacional do Petróleo. Mas isso vocês podem encontrar no seu site de campanha.

O que vocês não vão encontrar lá são as histórias do caboclo criado à beira do Xingu, que se emociona ao lembrar de sua professora de ginásio, que por acaso (quem acredita em acaso?) viria a ser... minha sogra! Vocês não vão conhecer lá as aventuras e desventuras dos tempos de motorista de ônibus, as batalhas do tempo do Sindicato dos Condutores. Nem o papo bom de butiquim, de um homem capaz de enfrentar o batalhão de choque no braço, de se inflamar contra uma inustiça e de se emocionar numa roda de samba (disfarçando, claro, e mal!). Nem vão ver o brilho no olho e a água na boca diante de uma boa carne de sol regada a uma “purinha do norte”!


De Gustavo Petta eu poderia dizer que foi presidente da UNE por dois mandatos, quando ficou conhecido como o “melhor amigo” do famigerado ministro Paulo Renato, manda-chuva da educação no governo FHC (dizem que o arquiteto do desmanche das universidades públicas brasileiras tem pesadelos até hoje com o ele...). Poderia dizer que foi o mais jovem secretário de esportes da cidade de Campinas, promovendo, em dois anos de gestão, uma pequena revolução no enfoque das políticas públicas para o esporte, sobrevalorizando o oferecimento de oportunidades para a população comum, por via da educação e do lazer. Poderia dizer que foi o idealizador e grande batalhador político pela instalação do Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA, em 2003, que revitalizou a vida cultural do tradicionalíssimo e tantas vezes esquecido bairro da Barra Funda, e que tanta importância teve na minha vida como sambista e na do meu grupo, os Inimigos do Batente. Mas isso tudo vocês encontrarão na sua página virtual.

Mas prefiro falar do Gustavo palmeirense, meu companheiro de arquibancada, que sofre e se desespera como poucos. Das tantas vezes que o via nas rodas de samba dos Inimigos no CUCA, calado, quietinho no canto, ouvindo e tomando umazinha com meu pai. Do menino que vi desabrochar como homem nas coisas da política, dos butecos e dos amores. Do prestígio que sempre devotou à arte a que me dedico. Das feijoadas de vila, na casa da sua irmã, e de todas as vezes que eu lhe pedi socorro, sem nunca me ter faltado.

Prefiro falar, caríssimos, dos camaradas em que confio, pela história pública e pela amizade pessoal. Que sei de que lado estão e estarão sempre, e esse lado é o do povo mais humilde, do trabalhador oprimido, do artista popular. Que não vacilarão na defesa intransigente daquilo tudo em que politicamente acreditamos.

É por isso que apresento a vocês os nomes de Gustavo Petta, deputado federal, 6510, e de Alcides Amazonas, deputado estadual, 65100.


* Bruno Ribeiro

Netinho e a hipocrisia dos que "nunca erram"

Queridos amigos,
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É com certo desânimo que tenho recebido, de gente próxima a mim, comentários do tipo: “Você vai votar no Netinho para Senador? Aquele pagodeiro espancador de mulheres? Não acha uma contradição?”.
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Queria dizer que não, não acho uma contradição. Netinho não é um “espancador de mulheres”. Ele cometeu uma agressão e pagou por isso. Ninguém está isento de errar na vida. Desconfio dos arautos da moralidade, dos que se dizem perfeitos e extremamente honestos ou justos. Tenho medo de quem nunca erra.
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O leitor Sinval quer saber se vou votar em Netinho.
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Por quê?, pergunta ele. Inicialmente, pensei em responder: “Porque sim”. Mas, como tenho visto muita gente indignada com a adesão que a candidatura do negão tem recebido, vou tentar justificar meu voto, sendo breve e direto:
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1) Esse papo de que Netinho bateu na ex-mulher e que, por este motivo, não poderia se candidatar, é hipocrisia pura. Num momento de descontrole, no calor da discussão, ele cometeu uma agressão, foi processado, pagou por isso, pediu perdão, foi perdoado e ganhou elogios até da Maria da Penha, a grande feminista brasileira. Muita gente que o critica tem o telhado de vidro. Ninguém está isento de cometer uma agressão e isso não faz de alguém, necessariamente, um criminoso. Ficar revirando o passado de alguém que já pagou pelo crime é uma atitude abjeta e que denota, no caso específico do Netinho, perseguição por motivos políticos, ódio de classe e/ou racismo.
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2) Votarei em Netinho porque, num eventual governo Dilma, ele estará do nosso lado. Netinho é do PC do B, partido que está na base aliada do governo desde o primeiro mandato de Lula. Ter muitos aliados no Senado é fundamental. Os senadores criam e alteram leis no âmbito federal. Quanto menos aliados Dilma tiver no Senado, mais dificuldades ela terá para governar. Em São Paulo, só temos dois candidatos governistas ao Senado: Marta Suplicy e Netinho de Paula. É óbvia a razão pela qual votarei em ambos: se voto em Dilma, voto em quem está com ela. Do contrário, eu estaria atrapalhando o futuro governo.
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3) Por fim, posso dizer que também acreditei, um dia, que Netinho pudesse ser um candidato fabricado, um aventureiro, um oportunista. Só que não fiquei no achômetro. Não dei muita atenção para boatos. Fui atrás de informações seguras, consultei fontes confiáveis e gente do partido, li entrevistas concedidas por ele, falei com o próprio candidato e, então, percebi que eu estava sendo preconceituoso. Eu não o conhecia fora do contexto midiático e fazia um julgamento apressado, baseado somente em impressões erradas adquiridas pela televisão. Essa "caixa de fazer doido" é mesmo coisa séria.
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Resumindo: o fato de Netinho ser um “pagodeiro” (como dizem alguns em tom de deboche) não o impede de ser um bom político e de exercer dignamente o seu mandato. Nem o fato de ser preto e da periferia. Esses são detalhes que não fazem dele um homem melhor ou pior, mas acrescentam qualidades simbólicas à sua eleição. Esses oito anos de governo Lula derrubaram muitos mitos. Um deles é o de que pessoas de origem humilde não são capazes de ocupar cargos de protagonismo na política nacional. Conversando com Netinho, percebi que ele está muito mais preparado do que certas raposas velhas que estão no Congresso há décadas.
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Para quem ainda acha que Netinho de Paula (650) não tem condições de ser senador, recomendo vivamente a entrevista abaixo. Nela, o candidato se mostra bem articulado e consciente ao falar sobre suas pretensões políticas, sobre comunismo e sobre o caso da agressão, entre outros temas que rondam as boca.


4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Cabra...com todo respeito, isso aqui não é espaço para campanha política....fora !

São Paulo é Paulo porque Paulo é trabalhador, São Paulo é Paulo é MALUF sim senhor.....

Angelo

29 de setembro de 2010 às 19:23  
Blogger Arthur Tirone disse...

Angelo, 1) o blog é meu e nele publico o que quiser; 2) estamos a cinco dias das eleições e não acho que seja decente eu não me pronunciar a este respeito, que é da mais alta importância; 3) sei que, em relação ao Maluf, você está brincando, muito embora saiba, também, que nossas concepções acerca da política são opostas, e isso deve ser respeitado.
Beijo.

29 de setembro de 2010 às 20:08  
Anonymous Daniel Frangiotti da Silva disse...

Vote Dilma 13!

Fora Hannibal Lecter!
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4 de outubro de 2010 às 10:40  
Anonymous Anônimo disse...

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