26 de mar. de 2010

Anhangüera dá Samba XXXIII

Dia 26 de fevereiro de 2010 foi uma noite histórica: Mestre Monarco se apresentaria no Anhangüera. Durante todo o mês de fevereiro fui ouvindo, por todos os cantos em que eu ia, as pessoas, empolgadíssimas, dizendo que não perderiam essa noite por nada.

À noitinha fui buscar o homem no hotel para jantarmos. Em minha companhia, Paulinho Timor e Fernando Szegeri. Levamos Monarco ao Sujinho, na Consolação, e um pouco depois chegou a Railídia pra completar a mesa. Lá começou, pra mim, a noite: Monarco contando histórias, falando do tempo em que era camelô, de quando teve - por pouquíssimo tempo - uma barraca de feira, falou dos velhos malandros de Osvaldo Cruz e contou-nos muita coisa sobre Zinco, valiosíssimo compositor que teve um final trágico por causa da bebida - e o mestre lembrou, então, que havia parado de beber há exatos 40 anos.

Os três seguiram para o Anhangüera pra passar o som e começar os trabalhos; eu fiquei fazendo hora com o mestre, batendo um papo. Quando chegamos ao terreiro, mais ou menos meia noite e meia, vi que o negócio era mais sério: uma fila quilométrica pra entrar.

Descemos do carro e entramos. O destino era a roda de samba. Bira, chefe da equipe de seguranças, amigo meu das antigas e de vários pagodes, abriu caminho. Toda a gente batia palmas e continência. Houve um frenesi com direito a ataque histérico de uma senhora e salva de palmas de quatro minutos assim que o homem apontou na roda de samba.

O que se viu, daí em diante, é inenarrável. Monarco, essa lenda viva, essa entidade do samba, cantou por exatos 85 minutos, fazendo a massa toda - de longe o maior público nestes três anos - entoar um coro de arrepiar. Ficam meus agradecimentos à Dona Olinda, à Railídia (graças a elas contamos com o Monarco), ao Tuco e Noeli pela atenção e pela ajuda, ao Bira (que segurou a barra na porta) e, principalmente, aos meus pais e meus irmãos, que sem a colaboração deles não teríamos Anhangüera dá Samba.

Monarco e Railídia

Hoje é a última sexta do mês e, como sempre -, tem Anhangüera dá Samba. Dessa vez os Inimigos do Batente convidam o carioca Bira da Vila, grande cantor e compositor. Bira mostrará suas músicas - a maioria em parceria com Serginho Meriti e algumas com Luiz Carlos da Vila - e apresentará seu disco Canto da Baixada, no qual interpreta músicas de compositores da Baixada Fluminense. Belíssima oportunidade pra quem não conhece este malandro de fina estirpe.

Até mais tarde!

PS: Fecho com Monarco cantando no Anhangüera. É pesado:

11 Comentários:

Blogger Murilo Mendes disse...

Foi foda!

26 de março de 2010 às 13:49  
Anonymous Sylas Mello disse...

Tá tudo certo!bota a brahma prá gelar e chama as meninas.abraços.

26 de março de 2010 às 14:45  
Blogger Unknown disse...

Olá... estava aqui pensando se, por acaso, este é o lugar que meu pai frequentava qdo era mais novo...
Pq se for acho q te conheço, mas não vejo vc e seus irmãos a uns... 15 anos, pelo menos...
Vc é filho do Mimi???
Bjos

30 de março de 2010 às 19:19  
Blogger Arthur Tirone disse...

Oi Camila. Sou filho do Mimi, sim. Quem é teu pai?
Beijo.

31 de março de 2010 às 11:15  
Blogger Unknown disse...

Meu pai é o Oswaldo, de Itupeva... minha mãe é a Nina....
Sua mãe foi na minha casa a uns anos com o seu irmão (não me lembro qual dos dois).....
Não sei se vc vai lembra de mim mas, caramba, que mundo pequeno... rs
Vc tem orkut??
Bjos

31 de março de 2010 às 16:55  
Anonymous Anônimo disse...

Caramba....Camila, fui eu quem estive em Itupeva com meu pai, minha mãe e minha esposa (na época, noiva ou namorada).

Estávamos voltando não sei de onde e meu pai falou: Vamos passar em Itupeva...procuramos a casa e achamos....já tem uns bons anos hein ?

Manda um beijo pros seus pais...o Oswaldinho tava parrudo da última vez que o vi...hehehe

Bjão
Angelo

1 de abril de 2010 às 08:41  
Blogger Arthur Tirone disse...

Poxa, Camila... Sabe que tenho grandes lembranças de infância no quintal da tua casa, em Itupeva? Lá em casa, inclusive, minha mãe tem umas fotos.
Lembro-me muito bem do Tio Buque (não sei se se escreve assim); aquele buraco que ele tinha no pescoço me aterrorizava. Rs.
Mande um beijo a todos.

1 de abril de 2010 às 10:00  
Blogger Unknown disse...

Pois é.... eu tbm tenho várias lembranças... tipo a gnt jogando atari... hehehe
Então.... deixa algum tipo de contato de vcs... acho q meu pai gostaria de ver vcs e seus pais qq dia....
Vou falar pra ele... tvz ele queria ir no Anhanguera....

Bjos a tds....

1 de abril de 2010 às 16:41  
Blogger Eduardo disse...

Favela, tardiamente digo aqui que, conforme prometido naquele sábado de carnaval inesquecível, fui pra Sampa no fim de semana de 26, 27 e 28 de fevereiro. Infelizmente cheguei no Anhanguera tarde demais e dei de cara na porta. Lotação esgotada. Aprendi e da próxima chego cedo. Parabéns pelo sucesso.

Abraço,
Dudu.

6 de abril de 2010 às 00:41  
Blogger Teo disse...

Opa Favela, é o Teo, tudo bem?

Falei contigo de um samba que vai acontecer nesse domingo, ali na Pte Pequena.

Seguem as infos:

Samba no Bar do Fabinho

Confirmado! Esse domingão (11/04), roda de samba com Ney Silva e Mara Rubia e amigos no boteco do Fabinho.

O boteco fica na entrada da vilinha em que eu nasci. Quem quiser levar namorada, filhos, pais, amigos,etc...pode e deve ficar à vontade.

Rua Jorge Miranda, 691 (travessa da Av. Tiradentes, essa rua é a do Metrô Tiradentes, da Rota e da Igreja Santo Expedito).
A partir das 15hs

Passa lá, e vamos derrubar umas geladas.

Abração!

8 de abril de 2010 às 17:36  
Anonymous MoMo disse...

Vc falou tudo: inenarrável! e acrescento: Memorável! Fico feliz por ter participado da noite especialíssima como Mestre Monarco.

11 de abril de 2010 às 16:07  

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