16 de dez. de 2010

Anhangüera dá Samba XL

A última roda do Anhangüera foi bacana pelo seguinte: nosso convidado especial era o um dos três grandes professores de samba do Szegeri - ele sempre disse isso, em várias oportunidades - que ainda não havia se apresentado no nosso terreiro. Chico Médico e Wilson Sucena, os outros dois, mataram a pau quando de suas convocações. (a propósito: anos de cancha os dois. Anos!)


Ney Silva chegou manso, sentou-se, e ficamos conversando. Enquanto não era chamado, atendeu alguns pedidos pra sair na foto com um monte de gente. Reviu o lendário Almeida, amigo de tempos remotos, e se interessou pelo lugar. Pouco depois já estava na roda. Eu poderia dizer que Ney Silva foi acolhido pelo público, mas, antes, soltou da manga mais que um repertório malandreado: um domínio total, como poucos têm, de uma roda de samba. E a coisa é tão subjetiva que seria muita pretensão eu tentar explicar aqui; pra entender, é preciso ser iniciado no riscado. De mais a mais, foi uma grande satisfação trazê-lo. Neste ano de 2010 só havíamos convidado um paulista. Embora o Ney seja carioca, está radicado em São Paulo há tanto tempo que não tem como dissociá-lo dessa cidade. Meus agradecimentos à generosidade deste bamba, que emprestou pra toda a gente que estava lá, naquela puta noite, toda essa tarimba, galgada em muita noite, em muito samba. Clique no play:



Essa sexta, a última do mês - contando que as outras duas, de Natal e ano novo, não valem! -, tem o último Anhangüera dá Samba! do ano. Um ano especialíssimo pra gente, em que recebemos grandes nomes do samba. Ano também que superamos dificuldades de toda ordem. Eu poderia fazer aqui uma lista de agradecimento - o que sempre acaba sendo injusto. De todo modo, faço questão de deixar meu mais sincero abraço a todos os que gostam do Anhangüera, que prestigiam a gente há algum tempo. E dizer que teremos um 2011 de responsa, nessa mesma toada à qual nos propusemos desde o início.

Nosso último convidado deste 2010, pra fechar o ano com chave de ouro, é o multi-artista Kiko Dinucci. Há tempo digo publicamente que Kiko é um dos maiores compositores brasileiros que apareceu nos últimos anos. Com quatro discos lançados em variados projetos, é um compositor diferenciado, que não se prende a um estilo, a uma regra. Kiko é do samba, do jongo, do batuque, do bumbo, da curimba!

Deixo em anexo um áudio do malandro cantando uma de suas pérolas - um samba que gosto muito, que homenageia a minha Barra Funda: Roda de Sampa, gravada em 2008 no disco do Bando Afromacarrônico. Ouçam e constatem que se trata de um artista nato, um monstro - é como eu o encaro! -, meu amigo Kiko Dinucci.

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Até amanhã!

1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Arturrrr,

Faço minhas, suas palavras. Vocês fecharam o ano com chave de ouro.
Adorei mais uma vez estar por lá e presenciar o maravilhoso talento do Kiko.

E vou iniciar o ano comemorando meu aniversário (que é dia 06/01)com vocês dia 29/01/2011. Nesta data vocês já retornam?????

22 de dezembro de 2010 às 19:45  

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