Dou uma pausa rápida no causo “O Tirone e os Cabeleira” para falar – já está chegando! - sobre o Anhanguera dá Samba!
É impressionante a maneira com que Sucena se comporta onde quer que seja. Proceder reto! Uma roda comandada pelo malandro tem um quê de seriedade e outros milhares “quês” de descontração. Wilson Sucena demonstra uma autenticidade única e certezas inabaláveis, que só a boemia ininterrupta por anos a fio concede. Outro dia, por exemplo, balbuciou: “Não entrem na besteira de dizer que Chico Buarque não é o maior compositor do Brasil.”. Entre sustentações polêmicas regadas com muita cerveja, é assim que, do alto dos seus “quase cinqüenta”, Sucena não se faz de rogado, no melhor estilo “foram me chamar? Eu estou aqui, o que é que há?”. Chega chegando e não faz questão de agradar ninguém! Como ele mesmo diz: Morô?
Sucena matou a pau. Repertório magistral; o mais variado até agora em todas as edições do Anhanguera dá Samba!, e uma grande generosidade. Após a participação de Tâmara, jovem cantora que apresentou ao público, Sucena agradeceu o convite e mais-que-tais e me chamou para tocar o cavaco. Toquei, cantei uma música, e o Sucena, esbanjando categoria: “Manda aí, Favela! Mais uma.”. Vaidade zero, malandragem nata. Pudera, além da experiência nas rodas, o cabra jogou durante anos na várzea. Em vários times, meia esquerda. Kico Nogueira relatou-me outro dia no Sabiá, ao pé do ouvido, para que o Sucena não escutasse: “Esse aí era um craque de bola!”. E, depois, o homem confessou: “Parei de jogar bola por causa do samba!”. Não é preciso dizer mais nada. Com vocês, Wilson Sucena, bom de bola e de samba:
Se Wilson Sucena é íntimo dos Inimigos do Batente, assim como o Chico Aguiar, que foi o convidado em Outubro do ano passado, o que dizer então do convocado desta próxima sexta, Edu Batata? Foi integrante da primeira formação do grupo e era o cavaco na saudosa época do samba do CUCA, no Raul Tabajara, em 2003 e 2004. Depois deu seqüência em um projeto seu, o Grupo Samba Rahro (com “h” mesmo) e agora se prepara para lançar um discaço solo. Na minha modesta opinião Edu é, de toda a nova geração, um dos sambistas mais completos. Ótimo cantor, dono de um timbre incomum, cavaco de primeira qualidade, compositor inspirado e versador dos bons. Sua presença numa roda é marcante e seu repertório é invejável. Edu, criado nos sambas de butecos periféricos – Salve Pirituba! -, no partido alto, nos terreiros e quadras de Escolas, a quem chamo de “irmão”, é nosso convidado para a próxima roda. A casa é sua, mano.
Para saber mais informações e ouvir algumas músicas de Edu Batata, entre:
www.myspace.com/edubatata8Ouça essa brasa de Edu Batata,
Senhora da Doçura. Só clicar no play.
Até Sexta, dia 25!
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