Anhangüera dá Samba XII
Completamos um ano de Anhanguera dá Samba! assim, do jeito que tem e que há de ser. Simples, como o samba e a gente gosta. Porque quanto mais se inventa, pior fica. No Anhanguera a iluminação, por exemplo, após várias tentativas, é de celofane nas poucas lâmpadas que ficam acesas. Foi a melhor que encontramos após testarmos set lights fortíssimos que queimavam a cabeça dos músicos (ainda mais o Kico e o Tchubí, que são carecas) ou treliças complicadíssimas com várias lâmpadas e cores que davam cara de show a um ambiente tão descontraído. Aliás, aí reside o fato de termos migrado do salão social lá pra parte de fora, onde mora o Diabo Velho.
Após um ano posso afirmar que, se por qualquer motivo, o projeto acabasse hoje, eu já teria muita história pra contar e recordar, mas a coisa vem tomando um rumo que me faz bater o olho no calendário à espera do próximo samba; à espera de que, mais uma vez, os Inimigos do Batente e um convidado bamba façam a Barra Funda e o Bom Retiro estremecerem. Porque o intuito dessa empreitada é, além de se fazer e curtir um samba, o de acordar o espírito dorminhoco do lugar e o de proporcionar, ao menor custo possível - com muito custo -, a cultura, a diversão e a cachaça pra quem quiser chegar; desde que chegue devagar, devagarinho. E que assim seja, como “vencendo”...
Não há muito que firular sobre o Noca da Portela. Nunca vi o Anhanguera daquele jeito; todo mundo – e foi recorde de público - numa reverência terrível ao mestre; batendo continência mesmo. Noca destilou simpatia e fez 400 vozes se juntarem num ritual belíssimo em torno da roda. Foi uma brasa atrás da outra; música de sucesso, clássicos, lado B e mais que tais, tudo acompanhado pela massa, a ponto de afirmar, o malandro, estar pasmo. Noca representou e marcou a comemoração do nosso primeiro ano de uma maneira que ninguém poderia imaginar. Os fiéis de cada samba no Anhanguera não hesitam em confirmar o chute que o Samba, incorporado no Noca, deu na bunda do frio. Ao mestre nosso agradecimento, mais uma vez. Vejam o filme de sua entrada e a primeira “pedrada” entoada:
Nesta sexta tem mais, com Ivan Milanez, carioca de 62 anos, mestre jongueiro e batuqueiro do Império Serrano. Sujeito criado entre Silas de Oliveira, Mano Décio, Dona Ivone Lara, Campolino, Darci do Jongo, Mestre Fuleiro, Tio Hélio e Aniceto, viveu sua vida inteira na Serrinha. Foi músico de vários artistas como Roberto Ribeiro e Beth Carvalho e contribuiu muito para o ressurgimento da “Velha Lapa” boêmia. Hoje Ivan participa de vários shows e integra a Velha Guarda Imperiana. Estamos de braços abertos pra receber este baluarte que vai sacudir o Anhanguera. Ouçam a música Cada um com seu cada um, que Ivan Milanez divide com Zeca Pagodinho no disco do Zeca de 1993.
Até sexta!
Após um ano posso afirmar que, se por qualquer motivo, o projeto acabasse hoje, eu já teria muita história pra contar e recordar, mas a coisa vem tomando um rumo que me faz bater o olho no calendário à espera do próximo samba; à espera de que, mais uma vez, os Inimigos do Batente e um convidado bamba façam a Barra Funda e o Bom Retiro estremecerem. Porque o intuito dessa empreitada é, além de se fazer e curtir um samba, o de acordar o espírito dorminhoco do lugar e o de proporcionar, ao menor custo possível - com muito custo -, a cultura, a diversão e a cachaça pra quem quiser chegar; desde que chegue devagar, devagarinho. E que assim seja, como “vencendo”...
Antes de falar sobre a última festa gostaria de agradecer as pessoas que fazem a coisa acontecer, o que nunca fiz até hoje: Railídia, que foi a primeira pessoa a abraçar a idéia, acreditar e passar pro papel, há 4 anos; Fernando Szegeri: graças a ele é que o projeto saiu do papel e por causa dele a gente curte esse monte de ilustres convidados. Foi esse monstro quem deu o nome ao projeto e, além de tudo, ainda divide comigo as buchas; os outros sete dos Inimigos do Batente: Cebola, Kico, Julio Vellozo, Marcelo Homero, Paulinho Timor, Tchubí e Cabelinho, que toparam a parada desde o início ganhando ou não um qualquer até engrenar; Mimi (meu pai) e Denize (mãe), que me dão uma força indizível e incansável pelo simples prazer de ver o samba castigando no terreiro. Bruno, Sherra e eventualmente o Rômolo, que abdicam da farra até as duas da manhã ficando na portaria; Daniel Frangiotti, meu parceirão que filma, tira fotos, ajuda a encher o freezer na véspera e faz todas as artes gráficas dos cartazes. Milena, que tem as mais simples e melhores idéias que se pode imaginar; Bira, Luizão, Janderson e Brasil, a melhor (e maior) equipe de segurança do mundo; Buga, Robson e João da Tóta, que dão conta das bebidas e do churrasco quando o bicho tá pegando; Didi, o zelador do Anhanguera, que deixa o ambiente brilhando antes e que depois limpa o lixo que deixamos; André Peruca, que sempre dá uma grande força na divulgação e ao Zulu, porque o Zulu é o Zulu.
Não há muito que firular sobre o Noca da Portela. Nunca vi o Anhanguera daquele jeito; todo mundo – e foi recorde de público - numa reverência terrível ao mestre; batendo continência mesmo. Noca destilou simpatia e fez 400 vozes se juntarem num ritual belíssimo em torno da roda. Foi uma brasa atrás da outra; música de sucesso, clássicos, lado B e mais que tais, tudo acompanhado pela massa, a ponto de afirmar, o malandro, estar pasmo. Noca representou e marcou a comemoração do nosso primeiro ano de uma maneira que ninguém poderia imaginar. Os fiéis de cada samba no Anhanguera não hesitam em confirmar o chute que o Samba, incorporado no Noca, deu na bunda do frio. Ao mestre nosso agradecimento, mais uma vez. Vejam o filme de sua entrada e a primeira “pedrada” entoada:
Nesta sexta tem mais, com Ivan Milanez, carioca de 62 anos, mestre jongueiro e batuqueiro do Império Serrano. Sujeito criado entre Silas de Oliveira, Mano Décio, Dona Ivone Lara, Campolino, Darci do Jongo, Mestre Fuleiro, Tio Hélio e Aniceto, viveu sua vida inteira na Serrinha. Foi músico de vários artistas como Roberto Ribeiro e Beth Carvalho e contribuiu muito para o ressurgimento da “Velha Lapa” boêmia. Hoje Ivan participa de vários shows e integra a Velha Guarda Imperiana. Estamos de braços abertos pra receber este baluarte que vai sacudir o Anhanguera. Ouçam a música Cada um com seu cada um, que Ivan Milanez divide com Zeca Pagodinho no disco do Zeca de 1993.
Até sexta!
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