24 de mai. de 2007

Waldir versus Mãozinha

Já lhes contei aqui sobre a maldade e a intolerância do Waldir para com os espécimes não racionais. Mas os animais não são os únicos que sofrem de suas perversidades. Algumas pessoas também. Entre elas está Gerson, o Mãozinha. Para que fique bem elucidativo, detalharei para vocês terem a dimensão dos requintes de crueldade de Waldir, o Diabo.

O Mãozinha, amigo nosso, sofre de uma deficiência de nascença, que acabou atrofiando seus braços, fazendo com que ele não alcance nada a mais de quinze centímetros de distância. É da Barra Funda (mais uma figura!!), joga bola no time do Sucatão do Anhanguera, faz jogo de bicho e é um piadista, embora suas piadas tenham pouquíssima graça. Seu apelido não é reflexo de preconceito, de maneira alguma. Simplesmente é uma demonstração de brasilidade. A mesma brasilidade inventiva e irreverente que apelidou Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Aliás, só para contestação da coincidência entre estas duas figuras, o Mãozinha é um exímio pintor. Ganhou inúmeros troféus por suas pinturas, principalmente em paredes. Um artista nato, o Mão.

Aliás, uma rápida pincelada: alguns amigos meus têm comentado essa viadagem do politicamente correto. Imaginem se não pudermos chamar nosso amigo negro de “crioulo”. Ou ao invés de chamar o albino de “rato branco”, teríamos de falar “indivíduo com falta de melanina”. E o anão? Imaginem se não pudéssemos chamá-los de “pintor de rodapé”, “salva-vidas de aquário”, “meia-foda”... Teríamos que dizer “indivíduo desprovido de estatura normal”, entre essas outras baboseiras. O apelido é uma maneira de gozação bem característica do nosso povo. É uma cultura popular que, se Deus quiser, jamais se extinguirá. Mas existe o escárnio, que é o que o Diabo fez algumas vezes com o Mãozinha. Para maior entendimento de todos, recorro ao “pai-dos-burros”:

* Escárnio
Acepções
■ substantivo masculino
1 o que é feito ou dito com intenção de provocar riso ou hilariedade acerca de alguém ou algo; caçoada, troça, zombaria.
2 atitude ou manifestação ostensiva de desdém, de menosprezo, por vezes indignada.


Taí. Existem brincadeiras e escárnios. Contarei o que houve para tal afirmação e, tenho certeza, vocês hão de concordar comigo. Descreverei as cenas. Eu não estava presente nenhuma das três vezes. Ainda bem. (Vou até pular duas linhas para dar mais destaque)


Cena 1) Churrasco no clube. Todos felizes e se empanturrando. E enchendo a caveira, claro. Uma beleza. Até aí, normal... O Diabo, tentado, pensa numa brincadeira e parte para a ação. Simplesmente pegou o Mão (que deve pesar no máximo 60 quilos) e o enfiou deitado dentro de um freezer horizontal bem grande que temos no Anhanguera. O coitado do homem parecia uma tartaruga de barriga pra cima, só mexia os membros e gritava. Não contente, o Diabo tampou a boca do Mão com um bife cru. Vejam só... Somente depois de uns 5 minutos ele foi resgatado por outros bêbados, quase congelado.

Cena 2) O campo do Anhanguera estava sendo gramado, por isso os jogos neste período eram fora. Houve um jogo em que foram apenas os onze jogadores, o técnico e o Mãozinha, o único torcedor. Dentro do vestiário havia grandes ganchos para os jogadores prenderem as roupas enquanto a pelada rolava. Após todos os jogadores irem para o campo, o Diabo pegou o Mão, o levantou e prendeu-o pela camiseta em um gancho, saiu do vestiário e foi pro jogo. O homem ficou esperneando, balançando os braços e gritando em vão, pois não foi ouvido. Foi resgatado após o jogo, uma hora e meia depois.

Cena 3) Nesta, Waldir ultrapassou todos os limites, provando ser mesmo o filho do Cão. Churrasco na chácara do Vadinho. Lotado. Uma belíssima piscina de água cristalina e azulejos decorados contornava ares de mais beleza àquela ensolarada manhã de Sábado. Algumas horas se passaram e muito uísque pra dentro. Um possuído Waldir começa a pensar em sua próxima maldade e não poderia, tenho certeza, pensar numa pior. Com rapidez, pegou um Mãozinha já desesperado no colo e – pasmem – o atirou na piscina. Mãozinha foi como um parafuso, rodando, de cabeça parar lá no fundo. Pelo menos dessa vez o Diabo mesmo, logo após jogá-lo, pulou para salvar o pobre Mão...

Sempre digo que o Waldir já comprou seu carnê de um terreno no inferno...

15 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

hahhaauhauaauhuhauahauhauhauauhuah
Eu conheço esse Diabo?
Não me lembro, espero que não
ahuhuahuahuahuuhaauhahaauh

Coitado do Mãozinhaaaaaaa
Mancadaaaaa...gente boa ele!!!!

OBS: No Namastê não da pra comentar, pq é só pros favoritos da Ludmila entende? Gente de fora não pode comentar que nem no meu!!!

Beijão e bom final de semana.

25 de maio de 2007 às 09:54  
Anonymous Anônimo disse...

Grande Arthur
O Mão é uma figura
Ele é uma pessoa que da vontade de zuar com ele
Não sei pq mas dá
hauahuauaau
Abraços
Muito boa essas histórias

25 de maio de 2007 às 10:10  
Anonymous Anônimo disse...

Arthur, está tudo correto, só os lugares é que não estão, o 1 não foi no A.A.A., foi no bar do Vichiski e o 2 não foi em um vestiário, foi no prédio em que o Waldir morava, e eles estavam indo a um jogo do Palmeiras no Morumbicha,, mas de qualquer maneira, suas histórias estão muito boas, parabens e continue escrevendo, pois, eu sei que voce tem muito mais para contar.

25 de maio de 2007 às 13:31  
Anonymous Anônimo disse...

ele xera cols..
ele eh loko, pobre do mão...
vc eskeceu de flar das gorgetinhas q o mão recebia depois de ser zuado!hahaah
otimo arthucaderrudo!

alemão

25 de maio de 2007 às 13:57  
Anonymous Anônimo disse...

Po Tio Morumbicha não hein
hauahuahuahauhauauauaa
Depois do jogo de domingo a gente se fala
Abraço

25 de maio de 2007 às 15:08  
Anonymous Anônimo disse...

Morumbicha irmão

Aqui é Corinthians!!!!

25 de maio de 2007 às 16:58  
Anonymous Anônimo disse...

Aê, Cabras! Levou um corte do Tio Mimi!
Hehehehe!

Por falar em cortes, uma vez eu fui inventar de falar numa aula de português que eu sempre consultava o "pai-dos-burros". Nossa, a professora virou bicho, começou a dar o maior sermão sobre o que era ser burro, a importância da pesquisa, da curiosidade humana, blábláblá...
Só dei aquela engolida seca e soltei, cabisbaixo, um "disculpa, fessora".

Mano, esse Waldir é O cara!

Responde como foi o Dá Samba, porra!

Beijo, irmão!

25 de maio de 2007 às 17:10  
Anonymous Anônimo disse...

Mel: acho que você não conhece mesmo o Diado.
Quanto ao "pé gelado", todos sabemos que é um adjetivo exclusivamente SEU. Prometi à época, e volto a frisar: nunca mais irei a um jogo que você for.
Beijo!

Ava: Zoar o Mão é fácil. Por que você não tenta zoar o Diabo?

Papai: Obrigado por elucidar minha mente, sempre esquecida. Ah, se não me engando é seu primeiro comentário, né? Gostei.

Alemão: não me lembro dessas tais gorjetinhas, não...

Gênio: Um corte não... Foi apenas uma correção. Mas veja meu total comprometimento com a verdade dos fatos. Eu não aumento nem invento. Quando você voltar, promoverei um encontro entre você e o Diabo, seu ídolo.
Quanto ao "Dá Samba", aguarde, aguarde... Virá com detalhes!

Beijo!

25 de maio de 2007 às 17:22  
Anonymous Anônimo disse...

Caramba véio.... q mancada com o mão... achei q isso era coisa de desenho animado....
mas agora ja sei em quem os cartunistas se espelham...
NO DIABO!!! hahahahaha

cada dia melhor!!!
abrass kid!!

25 de maio de 2007 às 18:08  
Anonymous Anônimo disse...

Taí Arthur, eu nunca vi uma memória igual a sua, voce é capaz de contar uma história que voce ouviu com detalhes e uma margem de erro mínima.
Para quem não sabe essas histórias são mais velhas que andar pra frente, quando o Vichiski tinha o bar o Arthur nem era nascido.
Muito boooooooooommmmmm!

Beijos

Mami

28 de maio de 2007 às 09:34  
Anonymous Anônimo disse...

Hahahahahahahahahahahha
aahahahahahahahaha

Obrigado....

Eu sei qe foi um golaço!!!!

28 de maio de 2007 às 13:53  
Anonymous Anônimo disse...

Arthur
Vamos atualizar!!!!
Queremos novas histórias!!!!

Beijos!!!

29 de maio de 2007 às 14:16  
Anonymous Anônimo disse...

Alberto!!! huaauaauuahahah

Os olhos verdes já tem dono baby
Sinto muito!!!
rs

Beijos!!!

30 de maio de 2007 às 10:24  
Anonymous Anônimo disse...

E o Cotovelos da Morte?!
UAUhUHHUAhuHUAHUHUHUAhHUA
HUAUHuhUHUHHUHUhuHUHUhuHUhu
Adoro seus textos manow.


BJOS
LUDMILA

30 de maio de 2007 às 10:33  
Anonymous Anônimo disse...

huahuahauhuhauhuauhahua

cotovelos da morte
iauhauhahauahhauahuahuauhahu

eu não lembro dessa lourdes

huauhaauhauhauauhuahahuaa
mas o celso sempre fala ddiso né
aahahaaahuhauhauahuahuahuha

aaaaaaaaaaaaaa
auauhauhauhaaha

30 de maio de 2007 às 13:16  

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