O novo presidente
Eleições sempre despertam um tremendo falatório. De lá e de cá, as propostas têm de ser as que mais conjuminem com os desejos e necessidades da comunidade interessada. No final de janeiro teremos nova eleição; esta, no entanto, não desfralda falação nenhuma, não permite embates nem debates. Porque, no Anhangüera, a chapa é única. Desde 1997, cada biênio vem sendo representado pelo mesmo grupo, alternando-se apenas a posição das moscas na vitrine. É, de fato, uma diretoria heróica, honrada e corajosa. Tão corajosa que não há alguém que a ouse desafiar, alguém que ameace botá-la abaixo.
Sempre que chega o final de um ano par – ano de eleição -, os boatos tomam de assalto as ruas do bairro. Particularmente, considero meu bairro o melhor de todos, mas há que se dizer: não conheço bairro mais fofoqueiro que a Barra Funda. “Bairro fofoqueiro”, na verdade, acaba sendo pesado e, mesmo, injusto de minha parte. O que acontece é que tem três ou quatro figuras – carimbadíssimas, aliás -, que falam demais, chegando a inventar sobre a vida alheia. Aqui não se faz nada impunemente. Você não sabe, mas saiba que estão na rua dizendo que você deve pra fulano, que brigou com a mulher, que brochou com aquela vagabunda ou que está escondendo (ou empunhando demais) a dinheirama que anda ganhando, provavelmente provinda de algum trambique.
Nas últimas eleições diziam que Braga, opositor confesso e orgulhoso da diretoria, encabeçaria uma chapa em que resgataria das profundezas gente da pior estirpe extirpada do clube há anos. Na relação, constavam nomes como o de um antigo craque do rubro negro que, após uma tentativa frustrada de surrupiar fogos de artifício em uma festividade, foi sumariamente expulso. Outro nome era o do Dedé, que fora exumado quando, num dia de loucura, agrediu nosso roupeiro, o glorioso Quito.
Mesmo sabendo que se Braga cometesse tal heresia seria barbada, todo mundo ficou com um pé atrás. Isso porque diziam estar em sua lista um nome honrado, o de Fábio Matarazzo. Fabião, goleiro e sócio do clube há quarenta anos, é uma espécie de Durão dos novos tempos. Tem, antes de mais nada, um amor incomensurável pela agremiação; conhece, como poucos hoje em dia, a história dos campos de várzea, dos bailes e salões mais disputados, e sabe o que deve ser feito para que o Anhangüera volte a ser o gigante que era na área social.
Com um nome desse na chapa, Braga ganhou o apoio de uns e outros, mas desistiu da candidatura quando Fábio negou, surpreso, que o apoiaria. Era mais uma fofoca plantada. Daí Sidnei “Nariz” Caran assumiu e governou como ninguém nos últimos anos. Foi um mandato de recuperação das finanças de uma agremiação endividada; e da coroação de oitenta anos de história. A noite comemorativa do ano passado alçou-nos, eu diria, aos áureos bailes, desde a parte solene até a exposição em vídeo da nossa história. Nariz e Mimi, que perderam várias noites de sono, passam agora a bola redonda para ele mesmo, Fabião, o Durão dos nossos dias. São as voltas que o mundo dá! A próxima dupla será, não tenho dúvidas, histórica. O vice-presidente será o grande Wilson, outro que, como eu já disse, conhece do riscado.
Já imagino que tenha gente dizendo que Fabião é enérgico, controlador e até ditador. Balela! Eu, por mim, até prefiro que seja mesmo, porque assim estarão barrados os que não enxergam o valor que temos enquanto várzea, e até que ponto poderíamos ir, mas não vamos por vontade própria. Estarão de mãos atadas os que sonharam com a grama sintética e os que vergam nossa camisa por interesses particulares. O próximo presidente será o elo que nos levará - arrombando a nefanda crença em “um tempo que passou e não volta mais” - de volta aos grandes festejos. Porque Fábio “Durão” é social; é baile, é bingo, é futebol, é gente!
Sempre que chega o final de um ano par – ano de eleição -, os boatos tomam de assalto as ruas do bairro. Particularmente, considero meu bairro o melhor de todos, mas há que se dizer: não conheço bairro mais fofoqueiro que a Barra Funda. “Bairro fofoqueiro”, na verdade, acaba sendo pesado e, mesmo, injusto de minha parte. O que acontece é que tem três ou quatro figuras – carimbadíssimas, aliás -, que falam demais, chegando a inventar sobre a vida alheia. Aqui não se faz nada impunemente. Você não sabe, mas saiba que estão na rua dizendo que você deve pra fulano, que brigou com a mulher, que brochou com aquela vagabunda ou que está escondendo (ou empunhando demais) a dinheirama que anda ganhando, provavelmente provinda de algum trambique.
Nas últimas eleições diziam que Braga, opositor confesso e orgulhoso da diretoria, encabeçaria uma chapa em que resgataria das profundezas gente da pior estirpe extirpada do clube há anos. Na relação, constavam nomes como o de um antigo craque do rubro negro que, após uma tentativa frustrada de surrupiar fogos de artifício em uma festividade, foi sumariamente expulso. Outro nome era o do Dedé, que fora exumado quando, num dia de loucura, agrediu nosso roupeiro, o glorioso Quito.
Mesmo sabendo que se Braga cometesse tal heresia seria barbada, todo mundo ficou com um pé atrás. Isso porque diziam estar em sua lista um nome honrado, o de Fábio Matarazzo. Fabião, goleiro e sócio do clube há quarenta anos, é uma espécie de Durão dos novos tempos. Tem, antes de mais nada, um amor incomensurável pela agremiação; conhece, como poucos hoje em dia, a história dos campos de várzea, dos bailes e salões mais disputados, e sabe o que deve ser feito para que o Anhangüera volte a ser o gigante que era na área social.
Com um nome desse na chapa, Braga ganhou o apoio de uns e outros, mas desistiu da candidatura quando Fábio negou, surpreso, que o apoiaria. Era mais uma fofoca plantada. Daí Sidnei “Nariz” Caran assumiu e governou como ninguém nos últimos anos. Foi um mandato de recuperação das finanças de uma agremiação endividada; e da coroação de oitenta anos de história. A noite comemorativa do ano passado alçou-nos, eu diria, aos áureos bailes, desde a parte solene até a exposição em vídeo da nossa história. Nariz e Mimi, que perderam várias noites de sono, passam agora a bola redonda para ele mesmo, Fabião, o Durão dos nossos dias. São as voltas que o mundo dá! A próxima dupla será, não tenho dúvidas, histórica. O vice-presidente será o grande Wilson, outro que, como eu já disse, conhece do riscado.
Já imagino que tenha gente dizendo que Fabião é enérgico, controlador e até ditador. Balela! Eu, por mim, até prefiro que seja mesmo, porque assim estarão barrados os que não enxergam o valor que temos enquanto várzea, e até que ponto poderíamos ir, mas não vamos por vontade própria. Estarão de mãos atadas os que sonharam com a grama sintética e os que vergam nossa camisa por interesses particulares. O próximo presidente será o elo que nos levará - arrombando a nefanda crença em “um tempo que passou e não volta mais” - de volta aos grandes festejos. Porque Fábio “Durão” é social; é baile, é bingo, é futebol, é gente!
3 Comentários:
Comecei a ler teu texto e fiquei só esperando a informação sobre o gramado.
Salve a várzea!
E precisamos ajeitar aquela ida ao Bar do Bigode.
Abraço!
E vamos todos juntos mais dois anos...quarta (28) teremos reunião de diretoria.
Abs,
Angelo
Parabens pelo seu blog Arthur, virei fã incondicional depois que meu primo Daniel me apresentou ele.
Parabens e um grande abraço
próximo anhanguera estou lá bebado como sempre.
Felipe Primo do gordo
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial